HÁ LITERATURA INDÍGENA?


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Desce direto da fonte, jorra. Vem vasculhando tudo, para e segue, voa muito além das interpretações, e passa, ainda despercebida, menor, sendo total. Não é evolução não! Para os que pensam que o índio evoluiu para o livro: não meus senhores, o índio, involuiu. Humilhou-se ainda mais o índio escritor, pois teve que descer ao nível das pobres letras, ao mundo mimado dos ainda mortais.
Veio à pulso, não à vulso, por obrigação de seu estado puro de fluidez. Do alto, lá do inalcançável, um não-lugar, amparo dos grandes saberes. Da fonte à lama, onde há a origem da vida, a morte-bactéria, aquilo que lhe cabe somente na pequena compreensão de tachar.
A itinerância leva um dizer existir, um querer que tu poderias assumir, ou sumir como a uma sombra, válida na composição heterogênea da paisagem descabida. Escreva PARENTE, por prazer, para não dizer DEVES ESCREVER, pois impositivo parece, e para isso, já nos bastam os nossos chefes.

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