EPU’TÎTO – ARTES E INDÍGENAS HOJE


EPU’TÎTO é SENTIMENTO, em Makuxi.
Hoje, nós, os artistas indígenas independentes de Roraima, mostramos um pouco de nossos sentimentos. A exposição reúne o trabalho realizado e organizado em forma de acervo durante 7 anos. De 2011 a 2017, temos um curto recorte no tempo e a exposição revela alguns números que podem surpreender. São ao menos 15 artistas indígenas entre nomes consolidados como Carmézia Emiliano, premiada no Naïf e única mulher no grupo. São mais de 200 obras de arte indígena contemporânea entre paineis e peças tridimensionais. São cinco coleções coletivas e uma individual. Vacas nas Terras de Makunaima – De malditas a desejadas (coletiva, 2013), Meu vizinho karaiwá (coletiva 2014) e O protagonismo indígena (coletiva 2015) são coleções que tratam, respectivamente, sobre a presença do gado bovino e sua influência e adição na cultura Makuxi, a relação índios e brancos e o sentido de protagonismo, levantando questões da vida prática. A Corrida para a floresta (Jaider Esbell, 2013) é uma coleção com 12 obras, produzidas nos Estados Unidos, que alertam para a aceleração da corrida do desenvolvimento para a floresta amazônica. Nós, os Xirixana, é uma coleção de desenhos feitos por crianças, jovens e adultos da comunidade Sikamabiu, que evidenciam em ações continuadas o contato dos povos da floresta com a linguagem plural das artes. A árvore de todos os saberes é um dos projetos coletivos mais completos. O painel reúne assinaturas culturais de representantes de diversos povos originários do continente americano e foi pensado como proposta itinerante em 2013 na UFMG, na Exposição MIRA – Artes Visuais dos Povos Indígenas!, com expectativa de ser exposta na ONU. A exposição revela o trabalho reunido ao longo de sete anos de atividades contextuais dos fazeres do artista Jaider Esbell no estado de Roraima, no Brasil e no exterior. A EPU’TÎTO – ARTES E INDÍGENAS HOJE exibe trabalho de artistas indígenas renomados, alguns com prêmios e biografias exclusivos. Expor neste formato busca atender aos diversos elementos da cadeia de alcance da arte. Escolas, comunidade acadêmica, lideranças, professores, instituições públicas e privadas poderão ver, sentir e conhecer a arte indígena contemporânea, seus artistas e, por extensão, as realidades e um pouco do cosmos de ao menos 5 etnias. Makuxi, Wapichana, Taurepang, Patamona e Xirixana abrem uma fresta no mundo para o próprio mundo encantado de suas origens.