ABRIL INDÍGENA 2020 – A CABEÇA É NOSSA


Sim, existe algo único dentro de nossas cabeças, nós mesmos. Isso que existe unicamente dentro de nossas cabeças, é de todos, cabeças coletivas. Assim, limpeza é dever diário, rever para não morrer, cabeça rarefeita. Meu trabalho é um correr, pausar e deixar passar, cabeça erguida.

Nunca será outro valor, um feito individual, cabeça igual. Se me comunico, escuto: a cabeça é nossa, isso é genial. Além da palavra, imagens – imagine a cabeça é nossa e tolha todo o mal. Dos campos das energias só me chegam as vozes tais – a cabeça é nossa, vais.

Tendências ao sofrimento, nas mãos a feliz idade e a cabeça é nossa. Ainda estamos vivos, vivas. Vamos seguir em frente, a cabeça é nossa. Uma vez no universo para sempre serás, cabeça imortal. Tu és meu o corpo, a cabeça nossa, não igual. Esquecemos que somos partículas arvorados em prepotência – cabeça consciência.

Sem asas por sobre abismados, cabeças são paraísos. Amados somos ainda, asas na hora certa, cabeças frias.

Hoje o sonho foi com células, ovos para germinar – cabeças novas. É essa sede constante, vontade de renovar – cabeças brancas. Sonhei com lugares sem portas, batentes nem aduelas, cabeças tortas. Eu estava a procurar, a sequência era lançar, cabeças vermelhas.

Não esquecer de fazer, limpeza é diária ser, cabeça limpa. Meu caso tá sendo assim, outras perturbações cabeça ecoa. A cabeça é nossa, dentro formiga voa em baixo d’água, peixe bate papo alado. Entre mundos vejo, deuses são migrações. Cabeças em movimento, constantes mirações, a cabeça é nossa, viemos constelações.